quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ainda é possível...

Quem me conhece já me ouviu dizer que a área médica está bastante carente daqueles profissionais que considero de fato vocacionados para a medicina. Na minha concepção, é essencial, veja bem, ESSENCIAL, que este profissional tenha gosto por lidar com o ser humano, que o perceba de uma forma mais ampla, possuidor de sentimentos, anseios e também limitações.
Tive o grande prazer de conhecer o Dr. Thiago Bechara Noviello, para mim, um exemplo para a área médica. Além de bastante competente, um profissional completo, que trata o paciente e não a doença. Ele consegue conduzir seus pacientes com a serenidade e a segurança necessárias para enfrentar desafios de qualquer tamanho.
Ao Dr. Thiago, parabéns!                   

Assim não dá!

Recebi um currículo de um candidato que escreveu que está disponível para uma INTREVISTA. Como assim??? Você entrevistaria?
Não sei o que é pior, este caso ou o da palestra à qual assisti um dia desses. O público alvo constituía-se de gerentes e vendedores de um dos maiores shoppings de BH e o tema principal era o varejo. Quem ministrou a palestra era um professor universitário. Vejam bem: um professor que ministra aulas em uma UNIVERSIDADE bem conhecida em Belo Horizonte. Em um de seus slides estava escrita a palavra CRECE. Vamos imaginar, então, que foi algum estagiário ou assistente que preparou os slides para ele. Cabia a ele como responsável pela palestra e tutor do aprendiz revisar o documento. Não acham? Sobre a abordagem do tema, não vou nem comentar...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O código de ética e a classe médica

Os recentes escândalos - deflagrados pela mídia - sobre a assinatura da folha de ponto por diversos médicos que não compareciam a seus plantões levantam reflexões importantes.

Enquanto os médicos assinam o ponto sem comparecer - e atenção: recebem suas remunerações como se cumprissem seus deveres - centenas de pessoas aguardam esperançosamente por um atendimento. Os principais envolvidos: neurocirurgiões. De uma forma geral, quem precisa de um neurocirurgião, não pode esperar eternamente.

Então é assim: estudantes universitários assinam a folha de ponto e se ausentam da sala de aula, deputados fazem o mesmo na Câmara e agora os médicos nos hospitais. Triste Brasil.

É como diz Içami Tiba: debaixo do folgado, há sempre um sufocado. No caso, os sufocados são os cidadãos brasileiros.

domingo, 12 de junho de 2011

Pérolas entre garis

Outro dia, fazia uma caminhada enquanto ouvi um diálogo muito interessante entre dois garis que trabalhavam na rua (adaptado):

Um deles dizia:

"Ah, não adianta fazer nada mesmo, pois Jesus que é Jesus não conseguiu agradar a todos..."

Agora vem a pérola:

"Não é por isso que você vai deixar de fazer a sua parte! Tem que fazer por merecer..."

Atraímos o cliente... e agora??

Certa vez, meu marido comprou um desses cupons de desconto dos sites de compras coletivas para irmos a um restaurante. Mobilizamos avó para fazer companhia para o nosso filhote, nos arrumamos e fomos.

No restaurante eram cerca de 14 ou 15 mesas, das quais apenas 3 estavam ocupadas. Ao sermos recebidos pelo garçon, falamos sobre o cupom de desconto e ele disse que não poderíamos ficar, pois somente atendiam a um cupom de desconto por dia, e isto já havia ocorrido.

Como assim? Vocês utilizam um mecanismo para atrir um grande fluxo e agora que estamos aqui nos "espantam"? Que política maluca é esta? - Pensei.

Educadamente, disse ao garçon que acreditava ser possível abrirem uma exceção - dado que não poderíamos voltar outro dia antes que o prazo expirasse - e pedi para falar com o gerente. Ele próprio conversou com alguém e voltou dizendo que poderíamos nos sentar.

A refeição já não teve o mesmo sabor.

Ao sairmos, notamos que das 3 outras mesas ocupadas, já só havia uma.

Código de Defesa... de quem?

Para além do Código de Defesa do Consumidor, costumo dizer que deveria ser instituído o Código de Defesa dos Atendentes. Com maior frequência do que se pensa, presenciamos clientes mau-humorados dirigindo-se a vendedores desrespeitosamente - sem cerimônia!

Vendedores ou atendentes são sim profissionais devidamente remunerados para estarem à disposição dos clientes. Mas isto não significa que podem ser dispensadas expressões tão essenciais ao convívio social como 'por gentileza' ou 'obrigado'.

Presenciamos desnecessárias elevações no tom de voz, ordenações nada gentis e até mesmo empurrões.
Sem contar o lamentável episódio que, por acaso, presenciei na mesa ao lado da minha enquanto jantava em um badalado restaurante em BH. Insatisfeito com a 'demora' de seu prato, o cliente manifestou sua insatisfação ao garçon, jogou o prato no chão e... chamou a polícia!

Cada vez mais, equipes de vendas e demais profissionais estão sendo preparados e treinados para receber seus clientes. E os clientes, estão preparados para quê?